terça-feira, 26 de outubro de 2010

Momento de criação


Momento de criação.
A fábula da vida diz que todos os elementos estão aí, e todo o ferramental para construir esta no cérebro. A inventividade é nata e intrínseca ao ser. A maldita rotina apaga a criatividade e por conseqüência elimina o processos criativos. E assim o lado esquerdo do cérebro se apaga, cai aos domínios do lado direito, racional e dominador. Será que a lógica é não criar?
Não, mas talvez a lógica tenha por foco analisar o que já existe e o funcionamento daquilo que já funciona - chato isso. Talvez, se o mundo fosse dominado pelo lado esquerdo, estaríamos criando, e largando novidades pelo chão. Mil inventos, milhões de insumos, bilhões de coisas surgindo num ritmo alucinado e nada sendo aproveitado - logicamente! Cores, diversão, lazer... e ninguém estaria preocupado em disseminar, apenas em criar.
Claro que o melhor cenário de criação é o equilíbrio entre os hemisférios.
O mundo hoje no induz a julgar, analisar, pensar com lógica. Sermos rotineiros, enfadonhos, programar e ter horários. Tudo sendo tratado de forma mecanica. Segunda feira 8 horas é pra bater cartão, sábado é dia de fazer comprar e domingo ir ao cinema ou visitar a sogra. Padronização coletiva.
Estudar, crescer, ter fé, trabalhar, casar, ser hetero, ver novela ou futebol, votar na esquerda ou na direita, divertir em determinados horarios e no fim, tudo é explicado por padronizações. Viramos simples números estatísticos de alguma planilha de alguma corporação que desejar mensurar nossa previsibilidade ou até o quão ponto fora da curva uma minoria é.
Tem erro nisso? não, acho que não. Afinal pra usar o lado esquerdo com acertividade é bom conhecer o que o lado direito descobriu.
O problema talvez resida em perceber que há espaço para criar, que há insumos sobrando, e um mundo que paga por novidades e simplesmente não sabemos o que fazer. Olhamos para dentro de nós, vemos todo o potencial criativo, olhamos pra fora e vemos oportunidades e a 'coisa' não flui.
É fato, a lógica e razão estão nos dominando... o sistema é opressor... o que podemos inventar para aliviar isso?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

passou direto


imagina um trem.
Já começo o post com meu sangue de mineiro pulsando nas veias. Talvez seja saudades da terrinha.
Voltando ao trem, aquela locomotiva pesada, forte, descontrolada, soltando tufões de fumaça e não consegue parar na estação. Passa devastadora. Dá plataforma, quem ficou viu apenas faces disformes na janela. Idem para quem estava de dentro observando a plataforma. A velocidade torna disforme a visão, a fumaça deixa turva.
Turvo e Disforme.
E assim passou metade do ano. Já chegou agosto como se fosse um janeiro.
Mas o trem desacelera e para. Aquele tempinho para respirar e pensar rápido no próximo destino.
Destino a ir, a fazer, a estar.
A velocidade que emociona é a mesma que muda a vida.
Acabou a pós. Agora vem o momento de absorver as mudanças, curtir fortaleza, jericoacoara, show do Rush, SWU e Rage Against Machine, e deixar o coração aberto - porque a mente já esta faz tempos.
Planejar as proximas mudanças!

domingo, 25 de abril de 2010

contando os anos




Contagem de números

Contagens regressivas terminam no Zero, é inevitável.

Quando contamos para frente, estimulamos um fim ou paramos em reticências.

Seguem para o infinito e para as et cetera.


Os nossos anos são uma contagem com fim, repentinamente um ponto final é colocado na existência. Alguns acreditam que se trata de uma vírgula e há ainda aqueles que apostam em exclamações ou reticências.

O que consigo ver em cima dos túmulos? Meu lado agnóstico vê interrogações, meu lado ateísta enxerga apenas um ponto final.

É como se a contagem dos anos fosse ascendente até certo ponto, nós otimistas continuamos contando para cima, mas nossos DNA’s insistem em contradizer e puxar a contagem regressivamente, rumo ao zero. O maldito ponto inicial da inexistência onde interrogações aguardam, não a nós, mas aos observadores.


Números e sinais gramáticos para encerrar uma história. Sabemos quando é o fim, em seu momento derradeiro, mas nunca podemos dizer com exatidão – Estou no meio de tudo!

O meio torna-se apenas uma fase subjetiva, algo impreciso do qual prefiro não pensar.

É tudo apenas mais uma festa, mais uma comemoração, um motivo que diz que mais virá. O erro talvez seja contar.


O ser humano não foi feito para números, fomos feitos para comunicações gramaticais. Uma vida boa e bem aproveitada é aquela feita de inúmeras e inexplicáveis exclamações. Quando somos detentores do poder fazê-las surgirem em rostos, sorrisos, pessoas e lugares. Talvez esse seja o grande segredo da vida – ignorar os números e inserir pontos.


Após as tristezas um “mas, vírgula – ele tornou-se feliz”.

Após as alegrias um “e depois disso – vírgula – continuou sendo feliz”.

Após a vida encontrarmos uma “exclamação – uau! É isso que acontece”.

Se descobrirmos o meio, apenas “reticências – e tudo continuou fluindo”.


Porque a vida não é pra ser analisada... é pra ser vivenciada.

Não quero camarote para assistir a vida, sou ator, sou diretor – estou no palco! E nem preciso de platéia para saber que estou indo bem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Somos micro empresas.
Tentamos levar a vida como um líder que conduz uma empresa – planejamentos de compras, gastos, missões, metas, marketing pessoal, networking, as tecnologias que usaremos e as que dispensaremos, informações recebidas e descartadas etc. Cada item citado entre as vírgulas mereceria um livro, alias, estes livros já até existem e estão por aí.
Os focos e as metas que estipulamos às vezes se vêem perdidos no turbilhão do dia a dia e aquilo que poderia ter sido a grande sacada em janeiro, acaba se tornando o dispensável do meio do ano.
A parte boa é que mesmo deixando planos certos para trás, podemos alavancar novas idéias e partir para o topo. Insights, novas luzes, outros pontos de vista. O importante é não estagnar em caminhos errados.
Bussolas e mapas são importantes, mas o que muitas vezes nos guia é instinto. Esse mix de bussolas, mapas, guias, instinto, foco e mente aberta aos novos insights tem que estar alinhado com a meta pessoal.
Seja o que for que tenha sido estipulado como meta pessoal – paz, amor, família, sucesso, poder... Tenha em mente o foco e a flexibilidade para as mudanças.
Permita-se sonhar.
Mas permita-se também sentir o prazer da execução. Permita-se o ‘celebrar’.
Celebre não apenas a conquista final, mas os passos que levam ao objetivo.
Permita-se comemorar, errar, mudar, reajustar – a vida flui suave no turbilhão quando sabemos aproveitar os ventos que incidem sobre nós.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

bonus track


Todo mundo fala em amar e amor. O sentimento sublime que todos buscam. Woody Alen colocou bem como título do filme "todos dizem 'eu te amo'".
Criaram definições, explicações cientificas, contam historias, mitos e lendas para explica-lo.
O amor é tema central das historias, a razão do ato de heroísmo, o suspiro da adolescente, a rima do poeta, a confusão na mente de quem sente.

Dizem que o contrario de amor é odio. Dizem que sua ausencia é vazio e solidão.
Uma vasta maioria da humanidade repete como um mantra que o amor é tudo, o fundamento e a razão da vida, e eu, vou discordar, somente em partes, mas vou!

A Paz é importante. O estar bem consigo mesmo. Isso é terreno arrado e fértil, bem preparado, onde outras coisas poderão surgir.
Amor? não, ainda não é o momento.
Primeiro vem uma busca, queremos vivenciar experiencias que nos dêem segurança e conforto. Temos um senso social de companheirismo e queremos alguém, onde possamos trocar boas emoções e sentimentos que nos façam inflar os egos. Sentir admiração por alguem que também nos admira.

Podemos admirar pessoas que nem sequer conhecemos, mas a troca, admirir e ser admirado so vai ocorrer quando estamos convivendo no mesmo espaço, tempo e nivel. Se essa admiração vier acompanhada de atração, perfeito!
Agora estamos falando de algo diferente - admiração é algo que esta em um plano racional. É mente. Atração é corporal, físico. Se essa combinação resulta em uma boa experiencia sexual temos uma cenario onde tudo gira em equilibrio. Corpo, mente e sexo.

Vamos adicionar a isso que essas duas pessoas possuem objetivos e metas semelhantes e resolvem desenvolver uma relação duradoura, uma parceria onde sintam-se seguros. Outros valores passam a ser agregados - carinho, respeito, objetivo, apoio, companheirismo, etc. Tudo isso são as arvores e frutos plantados no terreno da paz.

E o que é o amor?
Não sei. Pergunte aos poetas, musicos e escritores. Busque uma definição de dicionário. Tente uma explicação cientifica. Tente entender o que acontece na mente, no corpo e no sexo.

Ou melhor - não tente entender - vivencie, expirencie.
Desexplique.
O amor não é uma coisa. É uma situação. Um conjunto de fatores. Um plus, um extra.
Ou talvez, seja mais que isso - o amor é um bônus!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Salto em Boituva



Meu fim de semana foi assim!


Uma turma muito legal reunida e disposta a adrenalisar :)


A sensação de estar na porta de um avião a 4000 mts de altura e saltar é ... sem palavras.


Várias coisas estão envolvidas - desde a altura, velocidade, da queda, adrenalina, vertigem, endorfina, medo, confiança, insanidade, quês e porquês, etc. Mas nenhuma dessas palavras consegue explicar o que realmente é - SALTAR e os 40 segundos de queda livre + os 7 minutos seguintes de navegação, terminando com um pouso tranquilo.


É muito bom, vale a pena, e eu vou de novo!!!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

é simples assim...


"O amor, para mim, só pode ser expresso pelas artes e viajado pela poesia. Mas falar científica ou literariamente do amor e explicá-lo psicologicamente não significa absolutamente saber o que ele é e como ele funciona. Descubro ser o mistério a sua natureza mesma.
Desvendá-lo é assassiná-lo. Só podemos, pois, senti-lo, jamais compreendê-lo. Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo já não está amando. Procurei resumir assim, minhas conclusões: do amor só se pode fazer necrópsia, jamais biópsia."

Roberto Freire

Não adianta querer explicar nada.
As coisas enquanto acontecem, só podem ser vivenciadas. Experimente os momentos, se forem agradáveis - continue. Se não forem siga outro caminho.
Muitas pessoas passam pela vida, achando que as boas experiências são utopias, e que a busca por uma vida lúdica é algo fantasioso. Discordo disso – a felicidade é interna e a busca está na procura e no usufruto.
A tristeza reside numa fantasiosa preocupação de “encontrar-agradar-ser-... e muitas outras interrogações”. Aquele mundo de duvidas que deturpa a visão. Explicando, as melhores coisas são simples e grátis – amor, afeto, sorrisos, simpatia, natureza – e quando a pessoas tentam maquiar sua essência aderindo a todo aquele bombardeio de marketing capitalista, acabam mostrando algo diferente. Mostram seus silicones e botox, grifes, marcas e tecnologias, e o ser humano fica em outro plano.
O consumo mostra o ter e não o ser. A artificialidade incorporou o ser dentro do ter.
E o que isso tem a ver? Tudo! As pessoas passaram a ver seus semelhantes através de esboços do ter. E lá se foi a ludicidade que levava ao utópico mundo em que éramos simplesmente pessoas.
Por mais que eu queira ser diferente disso tudo, me esbarro com pessoas que querem apenas o ter. Um mundo ilusório onde coisas intangíveis são mensuradas e negociadas.
Estão matando a humanidade que ha dentro de nós. Em breve seremos analisados em biopsias.
Como disse também Roberto Freire – “O contrário da morte não é a vida, é o amor.“ e “Isso de a gente querer ser exatamente o que a gente é, ainda vai nos levar além.”
Vida, amor e riso!
As possibilidades são infinitas em nossas essências.
E ainda citando o mestre Freire – “Vamos brincar de imaginar um mundo diferente? As pessoas deixam de ser coisas e passam a ser gente!“

Simples assim!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Alegria



"Todo mundo passa a sua vida em busca de uma coisa: como livrar-se do sofrimento? Como obter felicidade e alegria? Você quer buscar alegria, mas o que você pagará por isso? O que você dará em troca daquilo que conseguiu?
Se um homem der um passo que seja, ele terá que deixar o pedaço da terra sobre o qual ele estava em pé. Somente assim ele poderá ir adiante. Não haverá qualquer progresso neste mundo se nós não quisermos abrir mão de alguma coisa. Sem sacrificar-se você não conseguirá dar nem mesmo um passo. Se as suas mãos estão cheias de lama, de seixos e de pedras e você quer diamantes, você terá que abandonar as pedras. Para agarrar o objeto desejado, as suas mãos deverão estar vazias. Você deverá deixar as coisas inúteis.
Não tenha medo: eu não lhe direi para renunciar à sua riqueza, mesmo porque ninguém tem riqueza alguma, ninguém mesmo. Neste mundo, até o mais rico dos homens é um mendigo. Ninguém tem riqueza.
Existem dois tipos de mendigos: um é o mendigo pobre e o outro é o mendigo rico, mas ambos são mendigos. Até agora, eu nunca vi um homem rico. Existem muitas pessoas que possuem dinheiro, mas elas não são ricas, elas também estão na corrida para agarrar o máximo que elas puderem, do mesmo jeito como faz o mais pobre dentre os homens pobres. Como um pedinte que segura tudo o que tiver com as mãos bem apertadas, também o homem que tem o maior dos cofres segura com as mãos apertadas tudo o que ele tiver. A avareza deles é a mesma e assim a pobreza deles também é a mesma.
Você não tem riqueza. Ninguém a tem. Por isso eu não insisto que você tenha que abandoná-la. Como você pode deixar alguma coisa que você não tem? Eu não lhe digo para desistir da sua vida - você nem mesmo tem isso. Como você pode ter alguma coisa, se nem mesmo tem consciência dela? E a cada momento você fica tremendo de medo da morte. Se você fosse a própria vida, por que você estaria com medo da morte?
A vida não tem morte alguma. Como a vida pode tornar-se morte? Mas você está tremendo de medo da morte. A cada momento a morte está rondando você. Você está tentando se salvar por qualquer caminho possível, para que você não desapareça, para que você não morra, para que você não chegue a um fim. Mesmo a vida, você não a tem. É por isso que eu não irei lhe pedir para desistir da sua vida. Como você pode dar alguma coisa que você não tem?
Eu só irei pedir aquilo que você tiver. E eu irei pedir aquilo que todos têm. Assim como eu disse que a busca de todo mundo é por alegria, também existe algo que todos têm em abundância: o sofrimento. Você tem uma quantidade suficiente de sofrimento, mais do que você precisa. Por muitas vidas você nada mais tem colecionado a não ser sofrimentos. Você colecionou pilhas disso. Mesmo o monte Everest parecerá pequeno se for comparado com as pilhas de problemas que você tem colecionado. Esse é o trabalho de suas muitas vidas; você nada tem ganho, exceto problemas. Mesmo agora você os está ganhando.
Eu gostaria que você largasse seus problemas, renunciasse aos seus problemas. Ninguém jamais pediu os seus problemas, mas eu estou pedindo. E se você puder desistir de seus problemas, aí o caminho para a alegria poderá ser aberto. E se você conseguir abandonar os seus problemas, você irá perceber que aquilo que você pensava ser problema nada mais era que ilusão. E os seus problemas não o estavam segurando; você é que os estava segurando. Mas uma vez que você os deixe ir, você irá saber então quem estava segurando quem.
Você está sempre perguntando como conseguir livrar-se do sofrimento. Perguntando assim, parece que o sofrimento o está segurando e você quer livrar-se dele. Se o sofrimento estivesse lhe segurando, então não seria possível você se livrar dele, porque a posse não estaria em suas mãos, mas nas mãos do sofrimento. Você seria impotente. E se depois de tantas vidas você ainda não conseguiu tornar-se livre, então como conseguir tornar-se livre agora?
Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo. E não apenas você compreenderá isso, mas você irá experienciar uma entrega; você saberá como o sofrimento pode ser abandonado. E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo. E ninguém, a não ser você, era responsável por isso. Por qualquer coisa que você tenha experienciado como sofrimento, nenhuma outra pessoa pode ser responsabilizada. Esse era o seu desejo: você queria sofrer. Tudo o que nós desejarmos será permitido. E tudo o que você é, é o fruto dos seus desejos. Nem Deus é responsável, nem a sorte; ninguém tem motivo algum para lhe causar problemas.
A verdade é que a existência está sempre querendo fazer você ficar alegre. Toda essa existência quer que a sua vida se torne um festival... porque quando você está infeliz, você também sai atirando infelicidade por toda a sua volta. Quando você está infeliz, o mau cheiro de suas feridas alcança toda a existência. E quando você está infeliz, a existência também sente dor. Todo esse mundo sente dor quando você está infeliz e sente alegria quando você está alegre. A existência não deseja que você deva ser infeliz. Isso seria suicídio para a própria existência. Mas você está infeliz e para se tornar infeliz você teve que fazer toda sorte de arranjos. E enquanto isso não for destruído, você não será capaz de abrir os seus olhos para a felicidade.
Quais são os seus arranjos? Que arranjo o homem faz para estocar os seus problemas? Como ele os coleciona? Compreenda isso um pouco e talvez fique mais fácil para você deixá-los.
Uma criancinha quer chorar. Os psicólogos dizem que a ação de chorar da criança é a ação de vomitar. Sempre que uma tensão cresce dentro de uma criança, ela, ao chorar, atira para fora as suas tensões. Você foi uma criancinha. Uma criancinha está com fome e não estão lhe dando o leite na hora certa. É por isso que ela está chorando, é porque ela encheu-se de tensão. E isso é necessário para liberar a sua tensão para fora. Ela irá chorar, a tensão será liberada e ela se sentirá mais leve.

Mas nós ensinamos a criança a não chorar. Nós tentamos todas as maneiras para impedi-la de chorar. Nós colocamos brinquedos em suas mãos para que ela se esqueça; nós colocamos alguma coisa artificial em sua boca, ou colocamos o seu polegar em sua boca de modo que ela confunda isso com o seio de sua mãe e esqueça da fome. Nós começamos a balançá-lo para lá e para cá para que sua atenção se disperse e ela não chore. Nós tentamos tudo para não deixá-la chorar. Aquela tensão que poderia ter sido liberada pelo choro, não é liberada e vai sendo guardada. Desse jeito nós deixamos que isso vá se acumulando. Quem sabe quantas dores e angústias cada pessoa tem acumulado? Ela senta-se sobre essa coleção empilhada.
Quem sabe quantas tensões você acumulou? Você não tem chorado nem dado gargalhadas com seu coração totalmente presente. E porque você não chorou, alguma coisa ficou presa dentro de você. Você não tem ficado totalmente com raiva, nem tem perdoado completamente alguém. Você tornou-se uma pessoa pela metade. Os seus ramos querem se abrir mas eles não são capazes disto. As folhas querem brotar para todos os lados, mas elas não são capazes disto. A sua árvore ficou atrofiada. O nome dessa dor acumulada , dessa dor não liberada, é inferno. E você segue arrastando esse inferno ao seu redor.
Eu o chamei aqui para que o seu inferno possa ser jogado fora, e você pode jogá-lo fora. Neste Campo de Meditação você deve tornar-se como uma criancinha. Você deve esquecer que foi aculturado, que foi muito educado, que você ocupa uma posição elevada, que você conseguiu riquezas, que você é respeitado na cidade. Abandone tudo isso. Torne-se como um bebê recém-nascido, que não tem qualquer reputação, não tem educação, nem posição, nem riqueza, nem qualquer auto-respeito. Se você quiser salvar a sua estima, a sua posição, então, por favor saia daqui o mais rápido possível, e nem mesmo olhe para trás. Eu nada tenho a fazer com o você ou com o seu auto-respeito, conhecimentos, reputação. Para sua segurança, vá embora, não fique aqui.
Eu estou aqui para aqueles que são capazes de tornarem-se simples como uma criança, e somente assim eu posso fazer alguma coisa. Porque somente às crianças pode-se ensinar alguma coisa, somente as crianças podem ser mudadas, e uma revolução pode ocorrer apenas nas vidas das crianças.
Nos experimentos de meditação que acontecerão aqui, vomite, atire para fora todo sofrimento que você tiver em seu coração. Se você tiver raiva, atire-a para o céu, se você tiver violência, atire-a para o céu. Você não tem que ser violento com ninguém, simplesmente libere a violência para o céu aberto. Problemas, dores, culpas; qualquer coisa que estiver dentro tem que ser jogada para fora. Você tem que atirá-las tão totalmente quanto for possível. Use toda a sua energia de modo que qualquer problema que estiver dentro seja trazido a consciência.
Você deve compreender que enquanto você não ficar consciente da dor escondida no seu inconsciente, ela não o deixará, ela permanecerá escondida. Exponha-a, traga-a para a consciência. Puxe-a para fora, onde quer que ela esteja escondida na escuridão interna, traga-a para a luz.
Algumas coisas morrem com a luz. Se você puxar para fora da terra as raízes de uma árvore, elas morrerão. Elas necessitam da escuridão, elas vivem na escuridão, na escuridão está a vida delas. Assim como as raízes, o sofrimento também vive na escuridão. Exponha os seus sofrimentos e você descobrirá, eles morreram. Se você continuar escondendo-os dentro de si, eles irão permanecer seus companheiros constantes por muitas vidas. A infelicidade tem que ser expressada.
Compreenda uma coisa mais: foi de fora que você pegou as dores e as trouxe para dentro de si. Por favor, volte com elas para o lado de fora. A dor não é interna; todas as dores são trazidas do lado de fora.
Quando você nasceu, qual era a natureza do seu ser? Não havia dor: a dor foi trazida de fora. Se um homem o maltratou e fez você ficar infeliz, o maltrato foi trazido de fora. Agora, você irá acumular essa dor do lado de dentro, deixará que ela cresça, irá reprimi-la, assim ela se expandirá e envenenará toda e qualquer célula do seu corpo. Você se tornará um homem infeliz. Você traz a dor de fora. Ela não está em sua natureza.
É por isso que eu lhe digo que você pode livrar-se da dor. Você não consegue se livrar da natureza, daquilo que é a fonte do sentir. Você pode livrar-se apenas daquilo que não é seu. Não há jeito de você livrar-se daquilo que é seu.
A dor tem que ser jogada fora. Durante esses próximos dias, quanto mais você puder jogar, jogue. E na medida em que você for jogando fora, irá crescer a sua compreensão que isso era uma loucura estranha que você estava cultivando. Isso poderia ter sido jogado fora naturalmente, estava em suas mãos, mas, desnecessariamente, você se bloqueou. E a segunda coisa: na medida que você joga fora a dor, que a envia de volta para fora, de onde ela veio, a alegria começa a brotar dentro de você. A alegria está dentro. Ninguém a traz de fora. Ela não vem de fora, ela é a sua natureza, ela é você. Ela está escondida dentro, ela é a sua alma.
Se for jogado fora esse lixo que veio de fora e que tem sido acumulado, então a alma interna começará a expandir, começará a crescer. Você começa a ver a sua luz e a ouvir a sua dança, você começa a mergulhar na música mais interna. Mas isso só acontece se você liberar o lixo de modo que o céu interior possa se estabelecer, algum espaço criado. Então aquele espaço que está escondido dentro pode expandir-se.
A dor deve ser expressada para que aquela alegria possa expandir-se internamente. E quando a alegria começa a expandir-se, é necessário compreender também a segunda coisa. Se você reprimir a dor, ela cresce. Se a dor é reprimida ela cresce, se você a expressar, ela diminui. Com a alegria ocorre totalmente o oposto: se você reprimir a alegria, ela diminui; se você a expressar ela aumenta.
Assim, a primeira coisa é isso: que você tem que jogar fora a dor, porque ela diminui sendo expressada. Não a reprima, pois ela cresce com a repressão. E quando você tiver a primeira visão da alegria que vem de dentro, então expresse-a... porque quanto mais você expressar a alegria, mais ela aumenta internamente e camadas frescas começam a crescer.
Isso é exatamente igual, quando você fica tirando água de um poço: nova água de fontes frescas encherá o poço. A fonte da alegria está dentro, assim não tenha medo de que ela irá diminuir por você expressá-la. A dor fica reduzida ao expressá-la, porque a sua fonte não está dentro. Ela foi trazida de fora, assim se você a expressar, ela ficará reduzida.
Se você quiser enganchar-se na dor, então tenha isso em sua mente: nunca jogue-a fora. Se você quiser aumentar o seu sofrimento - e isso é o que você está fazendo e parece que muitas pessoas estão fazendo - então nunca expresse seu sofrimento, nunca manifeste-o. Se lágrimas estiverem jorrando, então engula-as, se você sentir raiva, reprima isso. Se qualquer problema estiver brotando internamente, reprima isso. Ele irá aumentar. Você se tornará um grande inferno.
Se você quiser reduzir a dor, então deixe-a acontecer; se você quiser aumentar a alegria, então deixe-a acontecer, porque a alegria está dentro e novas camadas continuarão se revelando. E na medida em que você segue deixando a alegria acontecer você começará a ter mais e mais vislumbres de pura alegria.
A alegria aumenta ao ser compartilhada.
A dor tem que ser liberada. E quando você começa a ter vislumbres de alegria, eles também têm que ser liberados. Você tem que se tornar como uma criancinha, que não tem qualquer preocupação a respeito do passado, nem qualquer questão a respeito do futuro, que nem mesmo sabe o que os outros estão pensando a seu respeito. Somente então acontecerá aquilo para o que eu o chamei aqui, e aquela jornada na qual eu gostaria que você fosse bem suavemente.
Um pouco de coragem é requerida, e então, os tesouros de alegria não estarão
longe. Um pouco de coragem é requerida e você poderá abandonar o seu inferno - exatamente como um homem que se sujou na rua e volta para casa para tomar um banho e a sujeira é lavada. Da mesma maneira, a meditação é o banho e a dor é a sujeira. Assim como depois do banho a sujeira foi lavada e você se sente fresco, da mesma forma você terá um vislumbre, sentindo dentro de si a felicidade e alegria que é a sua natureza."
OSHO - The Sadhana Sutra - discourse nº 1
tradução: Sw.Bodhi Champak
fonte: revista Osho Times, nov/1995.
Série de palestras num Campo de Meditação ainda não publicada em forma de livro.
Copyright © 2006 OSHO INTERNATIONAL FOUNDATION, Suiça.
Todos os direitos reservados.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A cadeira de onde observamos o multiverso...



É otimo ter o poder de escolha.
Escolher, traçar metas, definir, criar estrategia, planejar, executar, começar, recomeçar e ainda tem os - como, quando, onde, porquê.
Todo dia tem isso. Escolhas automaticas, mecanicas, instintivas, por impulso, pensadas e planejadas.
Aquelas que nem percebemos e as que agonizam a mente, tipo trocar o certo pelo duvidoso, o claro pelo obscuro, sair da auto estrada e encarar uma trilha de barro.
As vezes tomamos decisões baseados em pouquissimos fatos, fantasiamos suposições e por pura cabeça dura levamos projetos falidos em frente ou deixamos a vaquinha leiteira a troco de um novo horizonte.
É otimo ter o poder de escolha.
Arriscar com os pés nos chãos - e com a cabeça nas nuvens.
É otimo dar passos maior que as proprias pernas - chama-se "Pulo"! Ou quando a mudança é tão inacreditavel que parece um salto quantico.
Por isso que é bom sonhar e desconhecer os limites. Será que existem limites?
Existem regras que nos limitam e prendem. E que essas regras sejam nossas - minha e tua!
Tudo depende do que vemos alem dos dilemas que acompanham todas as dificeis escolhas, aquela sucessão de prós e contras, duvidas e certezas (ou os famigerados achismos).
Sair da inércia ou estagnar na zona de conforto?
E o fim de ano é isso... essa manifestação de opções. E eu amo muito tudo isso!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

esconderijo




Esconderijo
Ana Cañas
Composição: Ana cañas

Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir

http://www.youtube.com/watch?v=4Ytks9DJhaA

domingo, 20 de dezembro de 2009

e que venha o espirito de natal!!!


Fim de Ano.
tudo muda...

O transito piora. O transito na cidade aumenta, e não adianta fugir pro litoral, o caminho até lá vai estar lotado, a orla maritima vai estar lotada, a pizzaria a noite vai ter fila, o cinema... nem fale, vão colocar sessões extras e tudo vai ficar esgotado, supermercado 24hs com filas kilometricas nos caixas e o mais surpreendente...


Todo mundo feliz!

uma enorme expectativa tomando conta de cada celula - é gente partindo, chegando, comprando, adquirindo, ficando livre, atando, fazendo mil resoluções.

Contrastes - Mil guloseimas disponiveis e eternas promessas de perder calorias.

É o unico mes do ano que possui decoração propria - Vermelho! Deve ser pra combinar com a euforia, a disponibilidade e fartura de alimentos e instituir o consumismo. Consumismo que leva a tudo - excessos, exageros e sangue (claro que tem sangue! quem nunca perdeu um amigo em acidente nessa epoca do ano?).

e nem adianta reclamar... mantenha seu sorriso mais lindo no rosto e diga com toda a alegria "feliz natal" pra todo mundo, pro frentista, pro mendigo, pra sua empregada, pro seu patrão, pros seus amigos... mas me poupem disso!!!
Mas vale tudo! Fim de ano é tudo de bom! é a hora de fazer o balanço do ano, analisar todas as besteiras e acertos cometidos, se foi positivo é so dar sequencia, se foi mais besteira e burrada, ops! hora de mudar o plano.

E aí janeiro vem...

outras neuras, outro astral... mas uma delicia tambem... rsrs

domingo, 8 de novembro de 2009

Engel

Engel Anjo

Wer zu Lebzeit gut auf Erden Quem é bom durante a vida na Terra
wird nach dem Tod ein Engel werden Vai se tornar um anjo depois da morte
den Blick gen Himmel fragst du dann Você olha pro céu e se pergunta
warum man sie nicht sehen kann Por que as pessoas não podem vê-los
Erst wenn die Wolken schlafen gehen Só quando as nuvens vão dormir
kann man uns am Himmel sehen Podemos ser vistos no céu
wir haben Angst und sind allein Nós estamos angustiados e sozinhos
Gott weiss Ich will kein Engel sein Deus sabe que eu não quero ser um anjo
Sie leben hinterm Sonnenschein Eles vivem atrás do brilho do Sol
getrennt von uns unendlich weit Separados de nós por uma distância sem fim
sie müssen sich an Sterne krallen (ganz fest) Eles precisam se agarrar nas estrelas (bem forte)
damit sie nicht vom Himmel fallen Para não caírem do céu

Erst wenn die Wolken schlafen gehen Só quando as nuvens vão dormir
kann man uns am Himmel sehen Podemos ser vistos no céu
wir haben Angst und sind allein Nós estamos angustiados e sozinhos
Gott weiss Ich will kein Engel sein Deus sabe que eu não quero ser um anjo

Erst wenn die Wolken schlafen gehen Só quando as nuvens vão dormir
kann man uns am Himmel sehen Podemos ser vistos no céu
wir haben Angst und sind allein Nós estamos angustiados e sozinhos
Gott weiss Ich will kein Engel sein Deus sabe que eu não quero ser um anjo


pra que anjos... se temos amigos?

outras definições para anjos

Com patas são os cães, em garrafas são vinhos e whiskys, beleza sem contexto, reflexão sem explicação

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Insights



Sou vegetariano. Tenho restrições de cardapio diante desse mundo carnivoro. Mas é só isso. Não estou de dieta com a vida. Sou seletivo, mas me permito provar, conhecer e desfrutar o "cardapio" que a vida oferece.

Um mundo amplo e vasto - cheio de ideias. "As ideias estão no chão, voce tropeça e acha a solução". É por isso que não tenho medo de cair.

Tenho dúvidas sobre um monte de coisas. Acredito que as duvidas são sementes! Planto as duvidas num solo de imaginação, rego com gotas de diversos insights e colho conclusões tridimensionais. Sim, aquelas conclusões que existem varias formas de observar, como um diamante multifacetado. Translúcido, muito lados... cada um escolhe o lado que acha mais bonito. E ainda reflete a luz em fractais. O temos então? Nenhuma certeza, mas varias analises e respostas. É otimo mesclar as duvidas com analises e discordias. Colocar e tirar insights.

Respostas temporárias - para satisfazer momentos da vida.
E de repente percebo, que o valor esta não em uma resposta, mas em contemplar e interagir com a vida.
Ser pensar nos erros e acertos - tudo faz parte do processo.
Planos e ações, um dia após outro. E o que muda no final? Acontece!

É muito bom ter planos e duvidas. Viver imprevistos. Viver com arte é transformar erros em acertos.

Free your mind, Relax your body and Enjoy your life!
Free your life, Relax your body and Enjoy your mind!
Não importa a ordem - liberte, relaxe e curta!

"é claro que a vida lhe tras responsabilidades, mas não rotule de velhice o que é maturidade!" (tianastacia)

Diante dessa parcela infima de coisas pergunto - porque fazer sempre o mesmo? porque ignorar toda a vastidão de opções? A vida é muito curta para limitarmos nossas escolhas e termos rotinas. Algumas são dificeis de mudar, mas podemos mudar os temperos. Just think about!


Foto - Um equilibrio caotico!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

deja vu


As pessoas so sabem falar de desgraças. E adoram ouvi-las também.

Um ciclone devastador no Caribe, um desmoronamento numa favela do Rio, um incendio numa floresta da Australia, um tsunami na Asia ou um acidente fatal com 8 mortos na estrada gera toda a atenção que a midia precisa. As pessoas adoram intrigas - Senado ou novela da globo, não importa! é assunto.

Já notou também como musicas que falam de sofrimento, corneamento, chifres, traição e outras desgraças da vida vendem mais que as tem um refrão tipo "oh happy day"?

Talvez seja porque o sofrimento seja desnatural e cause mais impacto que a felicidade. Pode ser... isso merece até um estudo de caso. Mas enfim, o que merece ser celebrado e vivido não são as manchetes de jornal.

Sem alienações, é importante saber os rumos do mercado, da bolsa, das especulações. Mas sem ficar doente por isso.

O que quero contar é - deixe a desgraça morrer por si mesma. Siga a vida, ame e ajude ao proximo.

O que quero contar é - estou exatamente onde eu queria estar!


Esse blablabla todo é so pra dizer isso. O melhor momento é agora. E tem sido muito bom!


Deja Vu - Pitty


Nem uma verdade me machuca
Nem um motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade já não dói
Nem uma doutrina me convence
Nem uma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Mas eu sinto que eu to viva
A cada banho de chuva que chega molhar no meu corpo
Nem um sofrimento me comove
Nem um programa me distrai
Eu ouvi promessas, e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nem uma letra me guia
Eu to exatamente onde eu queria estar
Mas eu sinto que eu to viva
A cada banho de chuva que chega molhar no meu corpo
A minha alma
Nem me lembro mais em que esquina se perdeu
Ou em que mão se virou
Mas já faz tanto tempo
Já faz tanto tempo
A minha alma
Nem me lembro mais em que esquina se perdeu
Ou em que mão se virou
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa
Nem uma verdade me machuca
Nem um motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade já não dói
Nem uma doutrina me convence
Nem uma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Mas eu sinto que eu to viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando o meu corpo
Nem um sofrimento me comove
Nem um programa me distrai
Eu ouvi promessas, e isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nem uma lei pra me guiar
Eu to exatamente onde eu queria estar
Mas eu sinto que eu to viva
A cada banho de chuva que chega molhando o meu corpo
A minha alma
Nem me lembro mais em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas já faz tanto tempo
A minha alma
Nem me lembro mais em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
Já não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa

é mais ou menos por aí...
sem perguntas, sem respostas - focando nos meus objetivos.
porque esse é o melhor momento da minha vida! simplesmente porque eu quero que assim seja!
:)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ecologicamente falando...


A paisagem muda. Abrem-se estradas, colocam pontes, viadutos e abrem tuneis. Não sei o quanto o asfalto agride o meio ambiente, mas dizem que os carros poluem.

Constroem cidades, obras arquitetonicas, ruas, bares... a vida selvagem que um dia foi expulsa, hoje invade de novo. São ratos saindo pelos esgotos, antas na beira de um rio morto, passaros cinzas fazem ninhos nos semaforos, e assim surge um novo e artificial equilibrio.
Emissão de CO2. Os ambientalistas alarmam. O clima realmente esta mudando. Mais calor - no nordeste choveu! Fato inédito e eles não sabiam como lidar com isso. Ao contrario, no sul fez seca, mas especulam (alguns dizem que é comprovado) que temos a maior reserva aquifera do mundo.
Lula comemora, temos petroleo no pré-sal. Basta cavar até quase no centro da terra.

Por outro lado, a GM lança um carro eletrico, não foi novidade, a Toyota e Honda já tinham feito. Será que na hora que toda a frota de carros for eletrica, teremos energia suficiente para carregar todas a baterias? Tomara que haja alternativas mais economicas... alguem sabe como ficará nossa conta de luz?
Resolvem um problema e criam outros. Mas, e aquele carro movido a agua?
Nada é pra salvar o mundo, querem apenas Sustentabilidade Economicamente Viável, ou lucros!
Eu fui na Patagonia, conheci o glaciar Perito Moreno, dizem que reduziu muito. Será que ainda existira daqui a 30 anos? Será que os diques da Holanda suportarão quando o mar subir mais 2 metros? Preciso conhecer Amsterdan!

A terra aquece. O que vai acontecer com o Saara? Será que vai chover? Teremos Oasis verdejantes onde hoje é deserto?
Um mundo de possibilidades.
Juro que não jogo lixo no chão, reciclo, não imprimo nada desnecessario, economizo luz e tento consumir apenas o necessario... mas ainda piso fundo no acelerador, consciencia tranquila porque uso alcool.
O mundo não vai acabar, mas pode ficar irremediavelmente machucado.
Salva-lo, preserva-lo e fazer a diferença... penso assim, voce tambem pensa assim... mas porque os governantes não se importam com a amazonia ou com as florestas tropicais?
São muitas interrogações.


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